Watch Dogs Legion – inovador apesar das falhas
Watch Dogs Legion é o terceiro jogo da franquia criada pela Ubisoft.
O título volta com várias possibilidades de hacking e uma proposta inovadora: qualquer personagem do jogo é jogável.
Seja na pele de um espião ou de um fanático por futebol, o usuário luta pelo DeadSec, falsamente acusado de um grande ataque terrorista.

O objetivo é investigar e combater Albion, milícia armada que assumiu a segurança de uma Londres futurista repleta de problemas sociais.
O preço médio do jogo é de 279 reais, ele está disponível para PS4, PS5, PC, Xbox one, serie x e s.
História do futuro com problemas atuais
A história do game tem uma proposta interessante e intimamente relacionada aos problemas atuais.
Após um grande ataque terrorista em várias partes de Londres, Albion, uma milícia armada controlada por Nigel Cass, é responsável pela segurança da capital.
Com propagandas que se aproveitam do medo, o “exército privado” atua desrespeitando os direitos dos cidadãos, e aponta o DeadSec como responsável pelas explosões, influenciando a opinião popular a respeito da organização hacker.
A crise também levou ao crescimento do crime organizado na capital, com destaque para o Clã Kelley, liderado por Mary Kelley.
O jogador, no papel de DeadSec e auxiliado por sua Inteligência Artificial, Bagley, precisa reverter o cenário e descobrir quem é o Ano Zero, quem é o verdadeiro responsável pelas ações terroristas na cidade.
As dificuldades devem-se ao estatuto “oficial” da milícia armada, bem como ao ódio gerado em torno da organização hacker, identificada como terrorista e em queda na opinião pública.

As missões secundárias do jogo incluem recuperar uma boa imagem em diferentes regiões da cidade, remover anúncios de Albion e ganhar um bom relacionamento com as pessoas da resistência local.
Além da principal inovação do terceiro título da franquia: o recrutamento de qualquer cidadão londrino para o DeadSec.
O contexto é bom e tem muito a ver com o que acontece em diferentes regiões do mundo real hoje.
Apesar disso, a possibilidade de jogar com qualquer pessoa no mapa tira um aspecto muito importante nas narrativas dos jogos em geral: o protagonismo.
Proposta ousada e resultado interessante
Os cidadãos da capital britânica seguem padrões de acordo com suas profissões ou atividades, e é possível recrutar hooligans, ativistas políticos ou mesmo um soldado de Albion.
Também vale citar médicos e pedreiros, que facilitam o acesso a hospitais e canteiros de obras, respectivamente, além de espiões, que vêm com armas especiais e carro digno de 007. Há também idosos, ilusionistas, lutadores, entre muitos outros exemplos.
Todos os personagens possuem características próprias, assim como armas e habilidades que podem ser utilizadas pelo jogador.
Para recrutar novas pessoas é necessário fazer uma série de “favores”, que vão desde a liberação de um amigo prisioneiro até o download de um vírus no sistema de uma das organizações criminosas.
Se um cidadão não tem nada contra o DeadSec, basta seguir as missões para se juntar ao time de hackers.
Mas, se você vai recrutar um soldado Albion ou membro do Clan Kelley, por exemplo, você precisa desbloquear uma habilidade na IA de DeadSec e descobrir mais sobre a vida do recruta em potencial, o que dá mais trabalho. Em troca, o jogador terá uma carta na manga para acessar áreas restritas.
Problemas do watch dogs legion
Alguns fãs da série Watch Dogs podem até gostar da física do jogo, mas é importante notar que está muito longe da realidade.
Um ponto que chama a atenção é a curva dos carros ao dirigir, que piorou em relação ao Watch Dogs 2.
Aqui, voltamos ao estilo do primeiro game da franquia, sendo muito fácil desviar de outros veículos, além de perder o controle do carro em velocidades mais altas.
Os acidentes também são improváveis, pois você pode esbarrar em carros, ônibus e caminhões sem realmente quebrar o veículo.

Os atropelamentos, por outro lado, parecem censurados, pois não trazem sangue e não são realistas quanto ao impacto em si. Vale ressaltar que se trata de uma proposta de jogo, bem menos violenta que GTA V, por exemplo.
Finalmente, ao bater em postes, pontos de ônibus ou placas de propaganda, nada acontece com o carro – mas os objetos de rua se partem na hora.
Mas, ao bater em uma árvore, mesmo que fina, o carro pode ficar seriamente danificado – algo que, honestamente, nunca fez muito sentido nos jogos da franquia.
Jogabilidade
Apesar de montar um arsenal de personagens, a gameplay é repetitiva e nada inovadora, ela repete coisas que ja tinham em versões anteriores. Liberando a habilidade certa do recruta certo, as possibilidades do que se pode fazer vão aumentando.
As missões em geral se resume a invadir um local controlado pelo inimigo, a foram que fará isso depende do seu recruta.
Os gráficos ficaram a baixo do esperado fazendo o game parecer que saiu de duas gerações passadas. existe um constante travamento e uma falha geral de cenário que deixa as ruas como um verdadeiro deserto.
Concluindo
Apesar de ser inovador, o jogo tem muitos problemas e se nada for feito para corrigir esses erros, vai ser mais um título a cair no esquecimento em pouco tempo.
Até aproxima.
[…] na data de 27 de maio de 2014, atualmente a franquia conta com três jogos, o último com o Watch Dogs Legion, lançado no ano de […]